sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Carpa (Koi)



Família:Ciprinídeos
Nome comum:Koi (Carpa)
Nome científico:Cyprinus carpio
Distribuição Geográfica:
Composto por Dr. João Pedro Geraldes Cardoso - Médico Veterinário.Foram observadas inicialmente há 2.500 anos, altura em que apresentavam uma cor negra, hoje designada por Magoi. Um livro chinês do século IV durante a dinastia Jin menciona as Carpas e suas variedades de cor. Provenientes do Mar Negro, Mar Cáspio e Turquistão. Outras referências indicam proveniências da Europa e Ásia Oriental como China e Japão. Tornaram-se mais conhecidas após a exposição de Tóquio de 1914. Hoje em dia está distribuída por todo o mundo como peixes de lagos. Nos países orientais as Carpas Koi e as tatuagens com desenhos de Carpas Koi são consideradas por tradição como sinal de sorte. Devido ao significado da palavra Koi no Japão as Carpas são símbolos de amizade e amor. A designação Koi vem da designação Japonesa original Nishikigoi.

Comprimento em adulto:20 a 120 cm.

Tamanho do aquário:
Quanto maior melhor. De preferência lagos com mais de 3 metros cúbicos. Em aquários de 500 a 1000 litros podem viver com qualidade. A profundidade mínima deve ser de 50 cm e a ideal seria de 1 m ou mais. Nos países frios os lagos devem ter mais de 1,5 m de profundidade para evitar os congelamentos.

Temperatura da água:1 a 30ºC - aceitam uma longa faixa de diferenças.

PH:6,5 a 7,8 - aceitam uma longa faixa de diferenças.

GH:70 a 150 ppm

Características:

Composto por Dr. João Pedro Geraldes Cardoso - Médico Veterinário. Longevidade: Em condições apropriadas atingem 30 a 40 anos. Foram descritos registos de Carpas com 200 anos. Peso em Adulto: Chegam a pesar 2 a 3 Kg, mas há registos de exemplares que atingem 35 Kg. Cloro: São sensíveis ao Cloro que deve ser inferior a 0,05 ppm. Amónia: Inferior a 0,1 ppm. Nitritos: Inferior a 0,2 ppm. Nitratos: Inferior a 50 ppm. Oxigénio: Suporta baixas concentrações de oxigénio até 0,5 ml/litro. Matéria orgânica: Suporta significativa contaminação orgânica. Matéria orgânica: Suporta significativa contaminação orgânica. Características gerais: São um dos melhores peixes para se começar na aquariofilia. São peixes pacíficos de temperamento dócil, alegre e de fácil adaptação. Sendo de fácil manutenção nos aquários e lagos, contudo, devem conviver com peixes de dimensões semelhantes. São muito resistentes. Em boas condições atingem 45 cm aos 2 anos. Têm o corpo coberto por grandes escamas; com 33-40 escamas ao longo da linha lateral; Boca pequena, protráctil com lábio superior com 2 barbilhões compridos e 2 curtos. Têm dentes faringeos molariformes em três filas. O corpo da variedade silvestre possui o corpo 3 a 4 vezes mais largo que alto e nas variedades japonesas o corpo é 2 a 3 vezes mais largo que alto. Quanto à forma das barbatanas há duas variedades: a Comum, a de Barbatanas Longas, a Dragão a Borboleta, esta de barbatanas alongadas semelhantes às dos Kinguios Cometa, variações desenvolvidas nos anos 80 do século XX. Na Carpa comum a barbatana dorsal é comprida e côncava assim como a anal, a barbatana caudal tem lóbulos arredondados. Quanto à forma do corpo temos dois tipos: os de origem asiática a partir da subspécie Cyprinus carpio haematopterus de corpo mais esguio e os de origem europeia, principalmente alemã que possuem o corpo mais maciço. Quanto ao tipo de coloração recebem designações específicas estabelecidas pela cor, pelo padrão de cores e pelo tipo de escamas. Seu valor comercial tem incidência especial sobre este aspecto, sendo julgadas em concursos onde os vencedores atingem valores muito significativos. O ideal Japonês é obter uma carpa que apresente em suas malhas um mapa do Japão. Segundo informações obtidas, o valor máximo registado para uma Carpa Koi será de 50 mil euros. Os preços variam muito, sendo frequentemente comercializadas desde €3,00 e €200,00, mas em mercados mais especializados encontram-se sobretudo entre €200,00 e os €200.000,00. As Koi têm muitas colorações diferentes, as cores principais são a branca, preta, vermelha, amarela, azul e creme (quadro 1). Quanto às variedades foi possível encontrar muitas diferentes designações (quadro 2).



Alimentação:

Sua alimentação é variada podendo ser considerada omnívora: larvas de mosquito, artémias, dáfnias, pequenos peixes, plâncton, minhocas, outros invertebrados e matéria vegetal diversa. Em resumo, alimentam-se de qualquer tipo de alimento. A alimentação deve ser adaptada à altura do ano em qualidade e quantidade, onde o consumo de alimento é máximo no verão, devido ao aumento da temperatura, e nas épocas frias o consumo de alimento diminui não se devendo alimentá-las abaixo dos 8 ºC pois deixam de ingerir alimento devido ao abaixamento do seu metabolismo. Os alimentos das carpas deve flutuar para as incentivar a vir à superfície. Podem ser treinadas para vir comer à mão.



Reprodução:

São ovíparos. Reproduzem-se em águas paradas, fazendo as posturas na vegetação densa de águas pouco profundas. A técnica de criação é semelhante à dos Kinguios. A selecção dos reprodutores faz-se de acordo com a conformação corporal, cor e padrão das cores e escamas. Uma fêmea com cerca de 1 Kg faz a postura de 100 mil ovos, como valores médios 125.000 a 150.000 ovas por 1 Kg de peso vivo, em uma a três desovas no período da reprodução, podendo uma fêmea chegar a 1.664.000 ovas, período que pode ocorrer de Março a Julho. O intervalo das posturas é de cerca de uma semana. O estímulo para a reprodução dá-se pelo aumento das horas de luz diária (16 horas de dia e 8 horas de noite) e pelo aumento da temperatura da água (inicia por volta dos 15ºC , sendo a temperatura ideal 22 – 25ºC). É possível executar inseminação artificial com colheita de ovas e sémen com a fertilização “in vitro” ou condicionada, esta é importante como método pois aumenta as taxas de fertilidade, melhora as técnicas de selecção, contudo requer técnicas apropriadas. A eclosão dos ovos ocorre após 3 – 6 dias da fertilização e as crias iniciam a alimentação por volta do 3.º dia, a diferenciação faz-se apartir dos 2 anos ou assim que atinjam 25 cm, sendo os machos mais precoces que as fêmeas atingem a maturidade aos 3 – 5 anos. Durante a época reprodutiva os machos desenvolvem tumefacções nos opérculos e nas barbatanas peitorais formando superfícies ásperas usadas para estimular as fêmeas durante a corte, em que os machos esfregam e golpeiam levemente as fêmeas. As fêmeas reconhecem-se pelo aumento do abdómen durante a época reprodutiva devido à produção de ovas, geralmente havendo um dos lados maior que o outro.

Um comentário:

  1. É com muito gosto que vejo a meu artigo exibido em seu blogue. Convido a todos os que pretenderem contactar comigo que o façam através do meu clube de aquariofilia.
    www.clubeterafish.org
    deixo meu mail para possíveis contactos
    veteabrigada@hotmail.com

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